Por Que Nossa Senhora Aparece ao Longo da História?
Por Que Nossa Senhora Aparece ao Longo da História?

Por Que Nossa Senhora Aparece ao Longo da História?

Desde os primórdios do cristianismo, a devoção a Nossa Senhora é uma parte integrante da fé católica. No entanto, muitas pessoas se perguntam: por que Nossa Senhora precisa aparecer ao longo da história, se toda a Revelação Pública já foi entregue por seu Filho e seus apóstolos? Esta é uma questão profunda que nos convida a compreender os propósitos divinos por trás das aparições marianas.

A Igreja Católica faz uma clara distinção entre Revelação Pública e Revelação Privada. A Revelação Pública, essencial para a salvação, foi transmitida por Jesus Cristo e consolidada pelos doze apóstolos. Após a morte do último apóstolo, São João, a Igreja declara que essa revelação está completa, contendo tudo o que Deus queria nos comunicar para o mistério da salvação.

Por Que Nossa Senhora Aparece ao Longo da História?

O Contexto da Revelação Pública e Privada

Com a ascensão de Cristo aos céus, a missão de evangelizar e dar continuidade aos Seus ensinamentos foi confiada à Igreja. Nos primeiros séculos, o foco estava em consolidar essa Revelação Pública. Contudo, ao longo do tempo, foi-se compreendendo também a existência da Revelação Privada. Esta, para ser reconhecida pela Igreja como verídica, não pode contradizer a Revelação Pública e não obriga os fiéis à crença como dogma de fé ou algo indispensável à salvação.

As aparições de Nossa Senhora se enquadram no campo da Revelação Privada. Elas não trazem novas verdades de fé, mas reforçam e atualizam as verdades já reveladas, oferecendo orientações e conselhos em momentos específicos da história da humanidade. Se tudo o que é indispensável já foi revelado, qual seria, então, a razão de suas manifestações?

Os Motivos Essenciais das Aparições de Nossa Senhora

Existem dois grandes motivos que impulsionam as aparições da Virgem Santíssima ao longo dos séculos. Ambos refletem a infinita misericórdia de Deus e o amor inabalável de uma mãe pelos seus filhos. O primeiro motivo está intrinsecamente ligado à fragilidade da memória humana e à necessidade constante de penitência. Nosso Senhor Jesus Cristo sempre ensinou que a porta do Reino dos Céus é estreita, exigindo mais do que apenas evitar o pecado, mas um esforço contínuo de santidade. Como seres humanos, tendemos a esquecer com frequência os ensinamentos divinos, o amor de Deus e seu plano de salvação.

Desde os tempos antigos, a história do povo de Israel e as reflexões dos filósofos gregos já evidenciavam a preocupação com o esquecimento. Era preciso “escutar e guardar no peito”, como o “Shemá Israel” ensinava, para não se desviar. No dia a dia, quantas vezes nos afastamos de Deus e de sua verdade, cometendo erros e pecados porque Ele não está em nossa mente e coração?

Quando Nossa Senhora aparece, ela vem precisamente para nos lembrar do que realmente importa. Suas mensagens, transmitidas a videntes e pastorinhos, são um apelo à nossa consciência para que nos convertamos e mudemos de vida. Ela sempre pede oração do terço, sacrifícios e penitência, não apenas para os “santos”, mas para todos, como fez em Fátima ao perguntar às crianças: “Quereis oferecer-vos a Deus?”. É um recordar do amor de Deus que nos impulsiona a buscar o perdão e as virtudes.

O segundo e talvez mais profundo motivo para as aparições de Nossa Senhora,  é o amor e a caridade de uma mãe. A Virgem Santíssima, como Mãe de Jesus, é também nossa Mãe, pois somos parte do Corpo de Cristo. Uma mãe não pode amar apenas uma parte do seu filho, mas o ama por inteiro, e esse amor se estende a todos nós, seus filhos espirituais.

O amor de uma mãe se manifesta no desejo de ver seus filhos felizes e salvos na eternidade. Ela corrige, exorta, educa e guia com carinho, pegando pela mão e ensinando o caminho do bem. As aparições são uma expressão desse amor incondicional, um abraço protetor que busca nos reconduzir a Deus.

Nossa Senhora aparece para nos alertar, suplicar e interceder por nós, convidando-nos a recomeçar a cada dia, amando a Deus acima de tudo. Ela não nos abandona, mas permanece ao nosso lado, intercedendo continuamente para que possamos um dia estar todos reunidos à mesa do banquete eterno, junto a ela e a Deus.

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