Batalha Espiritual: Vencendo a Luta Interna e o Pecado Diário
Batalha Espiritual: Vencendo a Luta Interna e o Pecado Diário

Batalha Espiritual: Vencendo a Luta Interna e o Pecado Diário

Todos nós conhecemos a voz interior que nos impulsiona a fazer o bem, mas que, paradoxalmente, parece lutar contra nós mesmos. São Paulo, em sua carta aos Romanos, expressa essa realidade de forma contundente: ele deseja fazer o que é certo, mas, muitas vezes, falha e peca. Essa é a essência da nossa batalha espiritual diária, um conflito universal que ecoa em cada coração humano.

A experiência de Paulo ressoa profundamente: “As coisas que quero fazer, não faço; e as coisas que odeio, essas eu faço.” Essa descrição vívida da luta interna é um lembrete de que, apesar de nossas melhores intenções, somos frequentemente confrontados com uma inclinação ao erro. Essa realidade é central para a compreensão da nossa jornada de fé.

Batalha Espiritual: Vencendo a Luta Interna e o Pecado Diário

A Raiz da Batalha Espiritual: Pecado Original e Concupiscência

A doutrina moral católica denomina essa inclinação ao pecado de concupiscência. Ela é um dos resultados do que chamamos de pecado original. Embora o pecado original não seja uma falha pessoal de cada um de nós, descendentes de Adão, ele representa uma privação da santidade e justiça originais.

O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 405, esclarece que a natureza humana não foi totalmente corrompida. Contudo, ela está ferida em suas potências naturais, sujeita à ignorância, ao sofrimento, ao domínio da morte e, crucialmente, inclinada ao pecado. Essa inclinação ao mal é precisamente a concupiscência, um inimigo constante na nossa jornada.

O Batismo, ao infundir a graça de Cristo, apaga o pecado original e nos volta para Deus. No entanto, as consequências dessa natureza enfraquecida e inclinada ao mal persistem em nós. Elas nos chamam a uma batalha espiritual contínua, um combate que devemos travar com diligência e esperança.

Armas da Nossa Fé: A Graça Divina e os Sacramentos

Somos chamados a lutar contra o pecado e a combater essa inclinação. E, bendito seja Deus, não estamos sozinhos nessa empreitada! A graça nos foi concedida para nos auxiliar. Jesus, que responde à própria pergunta do Apóstolo: “Quem me salvará?”, é a nossa salvação. Ele salvou, salva e continuará a fazê-lo.

A nossa parte reside em cooperar com essa graça que nos é oferecida através Dele. Essa graça, que é uma participação na vida divina, chega até nós de diversas formas. Os sacramentos, em especial a Santíssima Eucaristia, são canais poderosos dessa manifestação divina.

Quando falhamos, quando abusamos da nossa liberdade e cedemos ao pecado, temos o recurso ao sacramento dos novos começos: a Confissão ou Penitência. É um caminho de restauração e perdão que nos reanima para a batalha espiritual. A Palavra de Deus também é uma fonte inesgotável de graça, assim como o poder do Espírito Santo, que nos é dado no Batismo e na Confirmação.

Ainda assim, a batalha espiritual é real. Estamos em conflito contra o pecado e contra os inimigos do nosso progresso na santidade: o mundo, a carne e o diabo. Essa luta é parte integrante da nossa vida cristã e deve ser travada diariamente, como Paulo tão bem explica.

Caminhos de Sabedoria e Salvação

O salmo responsorial nos convida a pedir a Deus que nos ensine seus caminhos. Quão afortunados somos por sermos ensinados! Deus nos enviou seus ensinamentos, incluindo seus mandamentos. Ele nos enviou os profetas e, na plenitude dos tempos, nos enviou seu Filho, nosso Salvador, Jesus Cristo.

Ele é o mestre. Em suas palavras, em sua vida salvífica, morte e ressurreição, Jesus nos mostra o caminho da salvação. Ele estabeleceu a Igreja e lhe deu um ofício de ensino para que nunca nos faltasse orientação. Devemos nos alegrar por sermos instruídos nos caminhos do Senhor, pois é ali que encontramos força para nossa batalha espiritual.

No Evangelho, Jesus expressa frustração ao ver que as pessoas não conseguem apreciar a seriedade da situação que enfrentam. Elas conseguem interpretar o clima, mas não compreendem o que lhes é explicado sobre a vida e a fé. Essa dificuldade persiste em nossos dias. Apesar de todo o ensinamento, as perguntas e respostas, as clarificações e a educação, poucos parecem captar a mensagem essencial.

Somos filhos de Deus, criados para Ele, e temos uma nova vida Nele se seguirmos Seus caminhos. Contudo, se abusarmos da liberdade que temos, se levarmos vidas de pecado sem arrependimento, pereceremos. Não há mensagem mais crucial do que esta. Não há atividade, projeto ou empreendimento mais importante do que se dedicar a essa verdade.

No entanto, quantos de nós dedicamos nossa energia a tudo, menos a essa verdade fundamental? A batalha espiritual exige nossa atenção plena e nosso compromisso inabalável. É um convite a alinhar nossas vidas com a vontade divina, buscando a santidade e a salvação que nos foram prometidas em Cristo.

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